DPA capturando os sons do documentário The Last of the Great Apes

A tecnologia dos microfones DPA ajudou o designer de som Craig Carter superar as condições extremas da selva.

Gravar áudio para filmagens em locais extremos sempre apresenta problemas técnicos, mas quando o assunto é o documentário The Last of the Great Apes você realmente não pode se dar ao luxo de ficar muito perto dos animais, prejudicando-os ou colocando-se em risco.

Esta foi a situação que o designer de som Craig Carter enfrentou quando assumiu 15 semanas de filmagens nas selvas da África, Indonésia, Sumatra e Bornéu para o The Last of the Great Apes, um filme em 3D abrangendo todas as seis espécies dos grandes primatas. Sua escolha de microfone para capturar som ambiente no formato surround foi o DPA 5100, enquanto que para evitar ruídos indesejados usou o microfone Shotgun DPA 4017B com um filtro corta-vento (windshield) da Rycote montado em um extensor, para que pudesse captar os sons diretos que queria sem perturbar os animais.

“Depois de receber alguns conselhos muito úteis de Julius Chan da Amber Technologies, distribuidora australiana da DPA, eu escolhi o Microfone Surround DPA 5100 devido as suas capacidades de aguentar alta pressão sonora e sua facilidade de uso nas condições em que eu estava trabalhando”, explica Craig. “Graças ao seu tamanho compacto e extrema portabilidade, foi ideal para essas condições muito desafiadoras. Além disso, o DPA 5100 tem apenas um multi-cabo, que foi um ponto importante, principalmente porque eu estava gravando sozinho. Tendo muitos cabos para me preocupar a tarefa seria muito mais difícil.”

Craig acrescenta que o Microfone Shotgun DPA 4017B mostrou-se muito sensível, e, graças ao seu padrão de captação altamente direcional (super cardioide), rendeu um som excelente e claro.

“O setup foi rápido e fácil de montar e tive uma excelente relação sinal x ruído”, diz ele. “Pelo fato de ser muito direcional, com o microfone shotgun foi fácil eliminar sons indesejados e certamente foi minha primeira opção de microfone para capturas onde havia uma grande quantidade de ruído de fundo. É também muito leve, que conta a favor quando você está em uma posição desconfortável por um longo período. E também foi muito confiável, pois não tive nenhum tipo de problema com ele.”

Como um dos designers de som mais talentosos e bem conhecidos da Austrália, Craig Carter era o candidato perfeito para trabalhar como designer de som e gravação de áudio em The Last of the Great Apes. A carreira de Craig se estende por quase 30 anos no setor, já trabalhou em mais de 70 longas-metragens, bem como produções de televisão, filmes independentes e curtas.

Produzido pela produtora australiana, Visionquest Entertainment, The Last of the Great Apes é um documentário de longa-metragem que será lançado nos cinemas e apoiado por uma série de TV de seis episódios. A conservacionista Holly Carroll está à frente do documentário, que foca a atenção sobre a situação destes magníficos animais cujo destino está em jogo ao passo que sua população entra em declínio. A aventura de Holly traz uma abordagem cara-a-cara com os caçadores, traficantes de animais e madeireiros que colocam a sobrevivência dos grandes primatas do mundo em risco. Em uma nota mais positiva, ela também se reúne com especialistas, como o estudioso de primatas Jane Goodall, que está trabalhando duro para salvar os grandes primatas.

“Com esse projeto eu levei uma abordagem dramática para a gravação de áudio, tentando capturar quadros de diálogo e, sempre que possível, adotando uma abordagem de múltiplas pistas com efeitos da atmosfera do ambiente da gravação”, explica Craig. “Meu microfone principal foi o DPA 5100, mas eu também utilizei, em alguns momentos, dois gravadores de oito canais da Sound Devices em conjunto, que me permitiram incluir outros microfones no setup, como um DPA 4017B.”

As condições na selva foram variadas e a equipe de filmagem teve que caminhar e transportar os equipamentos através da densa vegetação para locais muito remotos.

“As vezes era úmido e a condensação foi o tema mais constante.”, diz Craig. “No entanto, o DPA 5100 é surpreendentemente robusto e foi altamente resistente à umidade. Nós tomamos os cuidados que podíamos para proteger todos os equipamentos de modo que nada ficou danificado.”

Em termos de gravação real de áudio, Craig diz que seu principal problema em cada local foi a relação sinal x ruído.

“Chegar perto o suficiente de um assunto para ser capaz de gravar um efeito definido e separá-lo do som ambiente de fundo foi complicado, especialmente nas selvas que existem sons tão intenso, como o som das cigarras, etc.” diz ele. “O DPA 5100 lidou com isso muito bem, pois apresentou baixa sensibilidade ao ruído de fundo e boa faixa dinâmica.”

Embora Craig tenha encontrado condições adversas, ele alegremente admite que foi uma experiência que mudou sua vida, ao trabalhar em proximidade a esses animais incríveis.

“Quando você olha nos olhos de um grande macaco você sabe que ele realmente está te olhando, apenas um pequeno DNA nos separa deles”, diz ele. “Isso, naturalmente, faz com que a sua existência ameaçada pareça ainda mais trágica.”

Com The Last of the Great Apes concluído, Craig Carter está voltando sua atenção a futuros projetos, um dos quais envolve filmagens no deserto.

“Ambos os microfones DPA que usei para gravar o The Last of the Great Apes foram incrivelmente bem, espero ter a oportunidade de usá-los novamente no futuro.”

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